JORNADA 6 X 1, VANTAGENS PARA O TRABALHADOR OU INTERESSES FINANCEIROS PRÓS E CONTRA DE GOVERNO E EMPREGADORES?

Atualmente em discussão, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que busca modificar a jornada de trabalho no país, a referida proposta visa reduzir a carga semanal de trabalho de 44 para 36 horas, instituindo uma escala de 4 dias de trabalho e 3 dias de descanso remunerado. Essa mudança tem como referência países como o Reino Unido, que já implementaram jornadas reduzidas e observaram um aumento na produtividade e no bem-estar dos funcionários.

Em reflexão, perguntamos, quais interesses podem estar por trás deste tema?

Desigualdade Econômica?

Excesso de jornada de trabalho?

Grandes lucros para os empregadores e seus acionistas?

Interesse de arrecadação de impostos por parte do governo, o que você acha?

1. Contexto Atual da Jornada de Trabalho no Brasil

Atualmente, a jornada padrão no Brasil é de até 8 horas diárias ou 44 horas semanais, conforme definido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No entanto, o sistema de escala 6x1 (seis dias de trabalho para um dia de folga) ainda é amplamente utilizado. Esse modelo é frequentemente criticado, pois contribui para a exaustão física e mental dos trabalhadores, deixando pouco tempo para lazer, estudo e qualificação profissional.

2. Concentração de Poder Econômico nas Corporações

Grandes corporações, especialmente as Big Techs, têm exercido um poder econômico significativo, caracterizado por um fenômeno chamado monopsônio. Neste contexto, as empresas possuem grande influência para definir salários e condições de trabalho, muitas vezes de forma desfavorável aos empregados. O domínio de mercado dessas empresas permite que elas estabeleçam preços elevados para os consumidores e ofereçam salários baixos, transferindo poder aquisitivo dos trabalhadores para os acionistas.

3. Aumento da Desigualdade Econômica

Desde os anos 1970, a desigualdade econômica tem aumentado significativamente. Enquanto a produtividade das empresas cresce, os salários reais dos trabalhadores se mantêm estagnados. Esse descompasso faz com que os lucros gerados beneficiem, principalmente, acionistas e executivos, deixando os trabalhadores com uma parte menor dos ganhos econômicos. Dados recentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que a remuneração de executivos pode ser até 600 vezes maior do que a dos funcionários de nível básico.

4. Lucro vs. Salário, taxação, impostos e excesso de arrecadação bitributação dos governos: Um Conflito Distributivo.

Existe uma disputa clara entre a maximização dos lucros empresariais e a remuneração dos trabalhadores, o foco é cada vez mais maximizar os lucros dos acionistas. Governos por sua parte, poderiam adotar políticas no sentido de ajustar ou mitigar essa disparidade por meio de correção no salário mínimo, equacionar as contas públicas, controlar a inflação, reduzir tributos no sentido de diminuir a grande diferença que há entre a distribuição de renda justa entre as classe A, B e C. Além disso, sindicatos e movimentos trabalhistas devem deixar o campo político de lado e lutarem juntos por melhores condições e uma distribuição mais justa dos lucros gerados pelas empresas em benefício dos trabalhadores.

5. Participação dos Trabalhadores na Governança Corporativa

Uma das soluções sugeridas para diminuir a desigualdade e melhorar a governança empresarial é aumentar a participação dos trabalhadores nos conselhos de administração das empresas. Em países como Alemanha e os da Escandinávia, esse modelo já foi implementado com sucesso, resultando em maior reinvestimento nas empresas e melhores condições de trabalho. Esse tipo de governança mais democrática promove uma distribuição mais equilibrada dos lucros e um ambiente de trabalho mais justo.

6. Impacto dos Modelos Econômicos de Mercado

Desde a década de 1970, a teoria econômica conhecida como trickle-down economics, defendida por economistas como Milton Friedman, foi amplamente adotada. Segundo essa teoria, reduzir impostos e aumentar os lucros dos acionistas deveria estimular investimentos e, consequentemente, criar mais empregos. No entanto, na prática, essa política não conseguiu reduzir a desigualdade econômica. Em vez disso, grandes corporações focaram em maximizar o retorno aos acionistas, em detrimento do bem-estar dos trabalhadores.

Reflexão

O debate sobre a jornada de trabalho 6x1 é apenas uma parte de uma discussão mais ampla sobre desigualdade econômica e mudanças necessárias nas relações de trabalho?

Propostas como a redução da jornada de trabalho e a maior participação dos trabalhadores nas decisões corporativas representam passos importantes para equilibrar o poder de negociação e promover uma distribuição de riqueza mais justa?

Perguntas para Reflexão

1. A redução da jornada de trabalho pode realmente aumentar a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores?

2. Como grandes corporações podem ser incentivadas a investir mais nos seus empregados em vez de focar exclusivamente na maximização dos lucros para acionistas?

3. Quais políticas públicas adicionais poderiam ser implementadas para diminuir a disparidade salarial entre executivos e trabalhadores comuns?

A desigualdade vem de onde?

Então, porque os preços e a inflação estão subindo?

Se você tem essa percepção, sabe também que o dinheiro não tá parado, está indo para alguém, também tá aumentando essa disparidade entre quem ganha mais e quem ganha menos, na contra partida, aí você tem o poder interessado de cada grupo da sociedade de impor o seu próprio preço, deixando o trabalhador com o sentimento de excesso de jornada de trabalho e baixa remuneração salarial.

As questões trabalhistas sempre foram temas conflitantes, se buscar na história antiga, e passando pela revolução industrial até os dias de hoje, você verá que a luta dos trabalhadores continua as mesmas, e órgão de governo e controle que deveriam ajudar, na prática se aproveitam da situação.

Os países pobres, principalmente os emergentes e os de economia subdesenvolvida chamados de terceiro mundo, tem real dificuldade em diminuir o nível da desigualdade social. Isso, devido a suas condições econômicas, tipos de políticas públicas de geração de emprego e renda adotadas, produção interna de bens e commodities, condições e nível de dívida com o FMI, e desvalorização de sua moeda.

Muitos destes problemas são gerados pelo modelo e plano de gestão adotados pelos governos, onde a gestão e o controle econômico passam por sua responsabilidade.

Exemplo esse aqui na américa Latina podemos citar a condição do Brasil em comparar com outros países da américa latina. O Brasil, o México e a Argentina são as maiores economias da América Latina, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Produto Interno Bruto (PIB) dos países em 2023. Os dados são do mais recente World Economic, relatório elaborado pela entidade.

No topo da lista, o Brasil aparece com PIB estimado em US$ 2,13 trilhões. O México ocupa o segundo lugar, com o PIB estimado em US$ 1,81 trilhão, e a Argentina aparece em terceiro, com PIB previsto de US$ 621,83 bilhões…

Os países com maior salário mínimo mensal na América Latina são Costa Rica (US$ 650, equivale a R$ 3.733,29 ), Chile (US$ 512 ou R$ 2.940,26 ). e Uruguai com US$ 558,09 ou R$ 3.204,06. já no Brasil, o salário mínimo não passa de R$ 1.420,00 reais. Ou US$ 247,19. Com a cotação do dia desta pesquisa.

Poderíamos dizer que a variação tem a ver com o questão do custo de vida de cada país, porém sabemos que não, em matéria do site Uol, especialistas afirmam que para se chegar a um patamar de salário mínimo mais digno sem ter como consequência esses efeitos colaterais, seria necessário aumentar a produtividade de modo proporcional, o que depende, entre outros fatores, de políticas públicas capazes de alavancar a economia, reduzindo as desigualdades sociais, começando pela melhoria na educação e buscando uma maior qualificação da mão de obra.", afirma Brito Vaz, da Siqueira Castro. Para Juliana Inhasz, coordenadora do curso de Economia do Insper, a primeira medida seria o governo ajustar a dívida pública e controlar a inflação. O governo precisa analisar os problemas estruturais da economia com bastante atenção. É só resolvendo essas questões que o Brasil vai crescer economicamente, e é crescendo economicamente que vamos ter condições de pagar um salário mínimo maior."

Será que existe uma forma milagrosa de não dependermos de jornadas de trabalho e limitação de ganhos de renda como o salário mínimo?

O trabalho tem seu papel social definido, e o modelo de trabalho de CLT, é interessante saber que;

Ele tem prazo determinado. Sim, é isso mesmo que voce está ouvindo!

O trabalho só faz sentido quando voce está encantado por ele, geralmente no início da sua jornada como novo empregado, enquanto voce tem saúde física e enquanto o empregador necessita de voce, e isso é fato!

Estude sobre educação financeira, aprenda a se libertar e não dependa desta única forma e modelo de adquirir renda que é o trabalho assalariado, aprenda como criar, gerar novos modelos de negócios que te trarão renda recorrente, conhecerá a função de cada uma delas e para que servem.

Salário é o pagamento por um serviço prestado, voce troca sua força de trabalho por dinheiro, só ganha se trabalhar.

Lucro, renda de negócio de venda de produtos ou serviço prestado ao consumidor, depende da sua gestão sobre o negócio, fluxo e demanda de mercado.

Patrimônio e renda passiva, recorre de investimentos que geram renda permanente e ativa para a vida atual e aposentadoria.

Nossa mensagem é que; Nunca pare de aprender sobre educação financeira, seja voce o seu próprio patrão e de páz a sua saúde e vida financeira.

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