O que explica a cultura do brasileiro de não ter interesse em poupar e aprender a investir para viver um futuro melhor?
- accampostdr

- 30 de mar.
- 3 min de leitura

Desde a infância, a educação do brasileiro é delegada ao Estado e fortemente influenciada por conteúdos de baixo valor e informação pobre. O que se ensina e se ouve ao redor é que o capitalismo é ruim e o socialismo é bom. Acumular capital, gerar riqueza e alcançar o sucesso financeiro são vistos como algo negativo, demonizados como se o dinheiro fosse a raiz de todos os males do mundo. Existe uma narrativa de que todo rico é avarento e desonesto, o que reforça a mentalidade de que buscar prosperidade financeira não é algo legítimo.
Com essa visão deturpada, muitos crescem acreditando que têm direitos máximos e deveres mínimos. Quando percebem, já estão presos no ciclo vicioso conhecido como "roda dos ratos": acordar de madrugada, sair cedo para trabalhar, cumprir ordens, voltar para casa tarde e exausto, dormir pouco e recomeçar tudo no dia seguinte. Tudo isso para, no final do mês, receber um salário limitado que mal cobre as dívidas. E assim, seguem nesse eterno desafio de trabalhar muito, ganhar pouco e pagar contas.
Mas por que isso acontece?
Ao longo da vida, quase ninguém é incentivado a buscar educação financeira, seja por conta própria ou por influência de terceiros. Investir no próprio desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional raramente é uma prioridade. Muitos não buscam qualificação, cursos, novas habilidades ou maneiras de empreender e se tornar donos do próprio negócio. E quando não fazem nada para mudar de vida, a desculpa mais comum é que ganham pouco e que o salário não sobra para isso.
A verdade é que a maioria procrastina e não tem coragem de agir, mesmo enfrentando dificuldades. Se acomodam e justificam a inércia com a ideia de que é tudo muito difícil e complicado. Enquanto isso, desperdiçam um tempo valioso e continuam vivendo uma vida limitada e repleta de desafios.
E o mais impressionante? Estamos na era da tecnologia, onde o acesso à informação está mais fácil do que nunca. A internet oferece conhecimento gratuito e ilimitado para quem quer aprender e evoluir. No entanto, em vez de consumir conteúdos educativos e construtivos, milhões de pessoas passam horas nas redes sociais, no TikTok e em plataformas que priorizam entretenimento vazio. Acompanham influenciadores que só produzem piadas, fofocas, reality shows e músicas que não agregam nenhum valor. E assim, sem perceber, tornam-se dependentes desse ciclo improdutivo.
O resultado? Essas pessoas não aprendem o valor do esforço, da construção e da disciplina. Não entendem que o sucesso leva tempo e dedicação. Ao invés disso, vivem frustradas, comparando-se com aqueles que conseguiram melhores condições de vida. Não percebem que muitos desses bem-sucedidos partiram das mesmas circunstâncias e simplesmente fizeram o básico bem feito: estudaram, trabalharam, se prepararam e mantiveram o foco em suas metas.
Aqueles que compreendem a função do trabalho e o propósito do esforço sabem que tudo tem seu tempo. Não desperdiçam energia com distrações, equilibram vida social e finanças, e constroem um futuro sólido. E o mais curioso? Essas pessoas são vistas como "fora da curva". Dizem que tiveram ajuda, que deram sorte ou que fizeram algo ilícito para ganhar dinheiro. Mas a realidade é que elas apenas decidiram mudar, traçaram um plano e sustentaram suas convicções com disciplina, atitude e determinação.
Quem alcança o sucesso aprende a se livrar das amarras da mediocridade, do vitimismo e da procrastinação. Não se deixam influenciar pelo meio em que vivem, por ideologias limitantes ou pelo próprio Estado, que não apenas controla a economia através de impostos sufocantes, mas também exerce influência sobre comportamentos e escolhas sociais de formas que poucos percebem.
A vida é como no filme "Matrix": duas pílulas, duas escolhas. Você pode decidir continuar sendo controlado, com limitações e dependências financeiras, ou pode escolher viver livre, com autonomia para decidir seu futuro. Eu escolhi viver sem amarras, sabendo que, enquanto durmo, meu dinheiro trabalha para mim de forma rentável e honesta.
Muitos são influenciados tanto por boas quanto por más referências. Dependendo de sua mentalidade e do ambiente em que estão inseridos, acabam seguindo caminhos imediatistas que não constroem bases sólidas para um futuro próspero.
E você? Vai continuar vivendo no piloto automático ou vai tomar as rédeas da sua vida financeira? A escolha é sua.




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